“Biohacking é a arte e a ciência de mudar o ambiente ao seu redor e dentro de você, para que você tenha mais controle sobre sua própria biologia.” Dave Asprey.
“Biohacking é a arte e a ciência de usar a natureza, a tecnologia (para imitar os efeitos da natureza) e a autoexperimentação para otimizar sua saúde.” Tim Gray.
Você pode notar que esse biohacking do qual estou falando não tem nada a ver com implantar dispositivos sob a pele ou no cérebro para controlar aparelhos eletrônicos ou tomar injeções de hormônios para desenvolver a visão noturna e coisas desse tipo. Isso já é possível, mas de maneira nenhuma estou me referindo a esse tipo de intervenção.
Eu me considero uma biohacker desde 2012, quando comecei a ler sobre o assunto e decidi começar a me alimentar melhor, a meditar de vez em quando, a me movimentar mais, a ter mais contato com a natureza, a não dormir muito tarde, entre outras coisas. O início é simples assim, e quando você estiver dormindo melhor, tiver menos dores e mais energia e se tornar uma pessoa mais feliz e mais produtiva no dia a dia, você começará a usar técnicas mais avançadas com o objetivo de sentir-se quase 100% bem o tempo todo, sem remédios alopáticos e a viver assim por muitos e muitos anos.
Além de primeiramente se voltar ao que a natureza tem a oferecer, se necessário poderemos recorrer a diversos aparelhos e técnicas. Por exemplo, em locais onde não há muito sol, algumas pessoas usam lâmpadas especiais e tomam suplementos de vitamina D. Quando não é possível frequentar a academia por falta de tempo ou dinheiro, ou se exercitar ao ar livre por causa do clima, ou quando não se tem suficiente espaço para isso, há maneiras de otimizar seus movimentos. Quando uma dor física ocorrer, em vez de tomar um analgésico, que contém várias contraindicações e efeitos adversos, há muitas soluções naturais e vários aparelhos e técnicas que ajudarão a diminuir essa dor.
Um biohacker aprende tudo isso e vai testando em si mesmo, até descobrir o que funciona melhor para o seu organismo. Cada pessoa é única e algo que funciona muito bem para mim pode ter um efeito bem diferente em outra pessoa.
Existem diversas técnicas de biohacking que podem ajudar a tornar o corpo mais forte, resistente e flexível. Uma delas é a prática de exercícios físicos de alta intensidade e curta duração, como o treino intervalado de alta intensidade (HIIT), que pode melhorar a resistência cardiovascular e a força muscular.
Outra é a utilização de suplementos alimentares e nutrientes específicos, como colágeno, glutamina, beta-alanina e creatina, que podem ajudar a fortalecer e recuperar os músculos e as articulações. Algumas vitaminas também podem ser necessárias, pois muitos alimentos hoje em dia foram modificados e não são mais tão completos e puros como eram no tempo dos nossos avós.
Além disso, a prática de técnicas de recuperação, como massagem, alongamento, crioterapia (exposição do corpo ao frio) e saunas infravermelhas pode ajudar a reduzir a inflamação e promover a flexibilidade e a mobilidade.
A nutrição é outro pilar importante do biohacking. Você aprenderá por que é importante reduzir o consumo de alimentos processados e de alguns tipos de carboidratos e que adicionar gorduras de qualidade e aumentar a quantidade de proteínas e alimentos ricos em nutrientes ajuda a promover a perda de gordura, o ganho de massa muscular, e faz bem para sua saúde cognitiva e para o seu bom humor.
Mas biohacking não trata apenas de aprimoramento físico. Há várias técnicas que podem ajudar a melhorar a nossa saúde mental e espiritual. Entre elas estão a meditação, a ioga, as técnicas de respiração, a terapia cognitivo-comportamental, o mindfulness (prestar atenção ao momento presente), o diário de gratidão e os exercícios de visualização.
Nas próximas postagens, exploraremos essas estratégias e muitas outras, para que você possa escolher as que melhor se adaptam a sua individualidade e começar a praticá-las o quanto antes. Afinal, elas irão ajudá-lo a ter uma vida mais longa, saudável e feliz.